quarta-feira, abril 14, 2004

4:30 no seu ombro sob o teto do futuro.

Hoje vou realizar um velho sonho.
Eu vou ficar com minha cabeça recostada no seu ombro a noite inteira.
Hoje vou simplesmente desligar-me. Vê. É assim... Se foi.

No seu ombro. Só isso. A noite inteira esperando o dia.
Desliguemos a casa. Ninguém precisa de tanta luz.
Se eu pudesse desligaria a cidade. E vc? Tá bom. Tá bom. Deixa assim. Vc sempre diz q eu tenho uma tendência à hiperventilação. Deixa.
Cansados estamos e vamos... Só um pouco. A noite inteira e quem sabe a vida também. Daqui do seu ombro eu vejo um mundo inclinado e distante vestido de preto. Luzes dóceis. Vidas domésticas domesticadas. Arranjos randômicos de massas construídas... E o escuro obscuro que, no entanto, é o mais certo disso tudo... um teto de incerto futuro.

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