terça-feira, fevereiro 02, 2010

O cérebro, o célebre e o cérbero

Você já foi a uma festa que não conseguia sair?
Pois bem, ele tem um medo radial de que lhe explodam o cérebro. O célebre. O cérbero. No meio desse medo-entre-outros achava tempo (esclareço: sua mente, não ele) para fazer trocadilhos toscos.
"Não corta essa merda. Eles adoram que apareça a bandeira nas fotos". Disse-lhe o fotógrafo.
Então ele também tinha medo-entre-outros de chegar ao máximo de contrição da libido. Achava que isso faria com que explodisse o cérebro devido a hipertensão sexual em sua mente. Sempre ela. Sempre a mente. Não sabia se pensar era uma maldição, uma sina ou um tipo de doença... ao menos pensar como ele pensava, na quantidade de pensamentos que ele gerava. O problema dos pensamentos - pensava - era que eram porduzidos a uma taxa muito mais alta que sua dispersão gerando um volume de material excedente que se acumulava pelo cérebro. Cérbero - o cão a vigiar a porta do cérebro - não dava conta de espantar os maus pensamentos que sempre entravam pelas mil frestas da sua mente. O Célebre - seu guia autoinstituído - nãao dava conta de instruí-lo a limpar a mente dos excessos reclamantes e nem de desprezar os os excessos nascedouros.
A verdade é que Célebre e Cérbero faziam seu trabalho mas não tinham grande experiência no assunto (também eram marinheiros de primeiras viagens) mas não lhe revelavam isso. Foi após muito tempo que ele foi ficando muito desconfiado daquela dificuldade com os excessos de pensamento (negativos, é bom lembrar) e foi duvidando da capacidade de seus dois escudeiros. Com a falta de confiança, os escudeiros foram ficando meio murchos, deixando os pensamentos (desagradáveis, ressalto) irem entrando e fazendo sua festa (um tanto massante para meu gosto, confesso).

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